Você já ouviu falar em Cultura Maker? Sabe a importância que essa metodologia tem na vida dos jovens? No texto de hoje, a gente te explica!
A cultura maker é uma das abordagens que torna o aluno protagonista do próprio percurso, tendo como base a metodologia ativa de aprendizagem. Esse recurso é influenciado pelo movimento “do it yourself” (faça você mesmo).
Também conhecida como “mão na massa”, a cultura maker é um movimento que incentiva a criatividade, o aprendizado e a experimentação a partir da criação de projetos, utilizando tecnologias, ciências e audiovisual.
O conceito de cultura maker prega que as pessoas consigam ter a autonomia de criar, remodelar ou consertar qualquer coisa, desde que recebam a ferramenta e o suporte adequado. Geralmente, ela está atrelada à tecnologia, no entanto, também pode ser aplicada em contextos manuais, como o artesanato, por exemplo.
No ambiente maker, os projetos são desenvolvidos com interdisciplinaridade. Ou seja, diferentemente da educação tradicional, essa abordagem pedagógica trabalha diversas áreas do saber simultaneamente, e não de forma separada. Por exemplo, em uma aula de física, o aluno pode criar um projeto que também se relaciona com química, matemática e artes, aprendendo conceitos das três áreas em uma única atividade.
BENEFÍCIOS DA CULTURA MAKER
- Prepara o aluno para o mercado de trabalho dinâmico
Hoje, o mercado de trabalho requer profissionais protagonistas, criativos e capazes de desenvolver ideias inovadoras. Para isso, mais do que conhecimento técnico, é preciso ter habilidades socioemocionais para solucionar os problemas da área.
Nesse contexto, a cultura maker é muito importante, tanto para os jovens do Ensino Fundamental, como para os do Ensino Médio, pois, os preparam, desde cedo, para alguns desafios que vão enfrentar em suas carreiras.
- Desenvolve habilidades socioemocionais
A educação socioemocional é um tipo de aprendizado que visa desenvolver as habilidades emocionais e sociais dos alunos, ajudando-os a compreender e gerenciar suas próprias emoções e se relacionar de maneira saudável e empática com os outros.
Em um contexto no qual a saúde mental vem sendo tão discutida e as “soft-skills” sendo tão valorizadas e requisitadas no mercado de trabalho, poder desenvolver essas habilidades traz inúmeros benefícios aos jovens, tanto no relacionamentos profissionais que vão ter em suas carreiras, como nos relacionamentos da vida pessoal.
- Estimula a resolução de problemas
A cultura maker valoriza a ideia de que a produção não precisa estar limitada a grandes empresas e que as pessoas podem produzir seus próprios objetos e produtos com ferramentas acessíveis. Assim, o estudante é estimulado a solucionar os problemas ao seu redor, desde os cotidianos, até os mais técnicos, relacionados à vida escolar e, futuramente, ao mundo profissional.
CULTURA MAKER NA ESCOLA ÉPOCA
Aqui na escola ÉPOCA, nós implementamos, na grade curricular do Ensino Médio, algumas mudanças, antes mesmo da reforma do Novo Ensino Médio, com o objetivo de incentivar o protagonismo do aluno e a aprendizagem ativa.
Uma das propostas colocadas em vigor em 2022 foram os Itinerários Formativos, que oferecem aprimoramento, aprofundamento e dão significado às diferentes áreas do conhecimento. Eles são divididos em 2 modalidades:
- IFA – Itinerário Formativo de Área: Que tem como objetivo integrar todas as áreas do conhecimento em uma só disciplina. Isso quer dizer que em uma aula de matemática, por exemplo, podem ser abordados aspectos de química, física e até de linguagens. Isso mesmo! O objetivo é trazer uma interdisciplinaridade nas matérias, tornando as aulas mais atrativas e com maior potencial de aprendizagem aos alunos.
- IFI – Itinerário Formativo Integrado: Visa aprofundar e dar significado às várias áreas do conhecimento, através de novas disciplinas. Ou seja, a partir das matérias regulares que nós já conhecemos (português, matemática, filosofia, etc), surgiram outras disciplinas relacionadas, a fim de ampliar o conhecimento dos alunos naquelas áreas.
Este ano, as disciplinas do IFI que estão em vigor no Ensino Médio são: Oficina de Produção de Texto, Oficina de Educação e Tecnologia, Educação Financeira e Projeto de Vida.
Todas essas matérias, tanto do IFI, como do IFA, tem o objetivo de proporcionar interdisciplinaridade, tornando as aulas mais interessantes, já que os alunos aprendem, na prática, em quais situações da vida cotidiana vão utilizar aquele conhecimento. Dessa forma, extraem o que foi aprendido em sala de aula em determinada disciplina e levam para outras áreas da vida, tornando o aprendizado mais prazeroso.
Além disso, muitas dessas aulas e até mesmo as aulas convencionais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estimulam a aprendizagem ativa, com projetos práticos que colocam o aluno como protagonista da aprendizagem, utilizando o conceito de “mão na massa” da Cultura Maker para aprenderem os conteúdos estudados em sala de aula.